IMBISA-ASSOCIAÇÃO REGIONAL DOS BISPOS DA AFRICA AUSTRAL PROMOVE A CONFERÊNCIA REGIONAL DA JUVENTUDE IMBISA

O Presidente do FORDU, Sr Angelo Kapwatcha, convidado a proferir uma palestra na Conferencia Regional da IMBISA em Pretória, na Africa do Sul

Do dia 01 à 08 de Setembro, de 2024, na cidade de Pretória, Africa do Sul teve lugar a Conferência Regional da Juventude IMBISA. A IMBISA é Associação Regional dos Bispos da Africa Austral que para além da missão Pastoral da Igreja se engajam também na componente social quer através da Pastoral da Criança, ou Pastoral da Juventude ou ainda as Comissões Episcopais de Justiça e Paz e nesse âmbito, o Presidente do FORDU-Fórum Regional para o Desenvolvimento Universitário foi condidado para dissertar o tema: A MORTE NA NOSSA REGIÃO; COMO AFECTA OS JOVENS.

Fonte: FORDU

 

E aqui vai na íntegra o resumo da sua comunicação:

 

“O tema que me propus a reflectir convosco é um tema dramático, assustador, do qual as pessoas não encontram motivação para abordar, e, por isso, julgo ser muito desafiador. Mas é pacífico e inerente à nossa existência. Os nossos amigos brasileiros dizem que: “…todos estamos na fila da morte. A fila está andando, se movendo lentamente mas sem parar. Não sabemos quantas pessoas estão na nossa frente para chegar nossa vez. Não dá para trocar de lugar, voltar um pouco para nossa vez ser adiada.” Sucede o mesmo com os aniversários natalícios. Cada aniversário que celebramos, cavamos um pouco mais na nossa cova. Está chegando a hora da da partida, portanto a hora da  morte. Mas de tanto que isto é natural, não deve nem nos assustar nem nos incomodar. É só obedecer a fila que está andando.

O nosso Continente, Africa no geral tem pouca esperança de vida. Celebrar  65 anos de idade é quase um milagre para muitas pessoas e já atingir 85 anos de idade, é um privilégio que não pertence a todos. Muitas vidas são interrompidas mesmo antes de conhecer a luz do dia, outras vidas morrem antes de completar 5 anos de vida. Mas neste tema nossa reflexão vai no sentido de uma morte que incida na juventude. É consensual que a juventude seja a faixa etária dos 15 aos 35 anos em alguns casos dos 18 aos 25 anos e no sentido mais lato, dos 0 aos 35 anos forma a comunidade infanto-juvenil completa.

A morte, no sentido genérico é inerente a todos os seres vivos, nisto incluímos o fim da vida e alma vegetativa dos seres orgânicos.

Na raça humana, a morte é transversal a todas as classes sociais, povos, faixas etárias e geografia. Por isso, a morte está presente no dia-a-dia semeando incerteza e insegurança no tempo. Pelas condições políticas, económicas, sociais, antropológico-culturais e religiosas a morte também é configurada no espaço. Provavelmente há geografia onde há maiores incidências da morte do que noutras, por contingências acima referidas. Mas para este grupo alvo, para as nossas referências, e os objetivos dessa Conferência, tratamos a morte na Africa Austral, nos nossos países, nos nossos povos e como isto atinge a nossa juventude.

Ora, “ a morte vem na hora certa, no tempo oportuno, não precisando, por isso, que fosse apressada a vir” seria desejável que a morte nos contactasse no fim da nossa velhice, no ocaso da vida. Os nossos mais velhos centenários, quando morrem, choramos, por isso a morte é um visitante sempre intruso em nossas casas, comunidades e países e portanto indesejada seja em que idade nos encontrarmos.

Segundo os dados demográficos disponíveis, a Africa é povoada por aproximadamente 1 bilhão e 400 milhões de habitantes. Dessa cifra, aproximadamente 230 milhões é a população da Africa Austral. Essa população da Africa Austral, está distribuída por faixas etárias e a juventude abaixo de 35 anos corresponde a 85% e já 70% é a cifra da juventude abaixo dos 24 anos de idade. Significa que a Região Austral é muito jovem à medida que sua maioria qualificada de população se encontra situada abaixo de 24 anos de idade.

Qualquer projeto, programa ou iniciativa que se centre na juventude, está a atender a maioria qualificada. E com justa razão, trata-se da população mais importante.

A juventude é a continuidade da nossa existência, a continuidade de nossos projetos, programas, instituições e afinal, a continuidade da vida. Por isso, toda a desgraça que atinge essa faixa etária, obviamente atinge a parte essencial de nossa existência como pessoas, daí a justa razão de nos preocuparmos com a saúde, a motivação, a moral, a preservação da juventude. Para a Igreja, a juventude é a seiva catalisadora do Evangelho, sem a qual a existência da Igreja está evidentemente ameaçada. Essas ameaças começam a serem sentidas a partir do momento em que haja mortes na juventude: jovem pode morrer mas não deve morrer enquanto jovem!

Falaríamos, aqui, de todos os fatores causadores da morte, mas iriamos escrever uma enciclopédia, por isso, cuidadosamente selecionamos 6 fatores causadores principais das mortes que afetam a juventude:

  1. DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS, QUA TALE, A HIV-SIDA
  2. ABUSOS DE DROGRAS E ALCOOLISMO
  3. OPÇÕES POLÍTICO-IDELOGICAS E RELAÇÃO DE PODER
  4. OPÇÕES RELIGIOSO-DOUTRINÁRIAS
  5. ACIDENTES DE VIAÇÃO (VEICULOS MOTORIZADOS SOBRETUDO TERRESTRES)
  6. LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA DO DIA-A-DIA
  7. DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS, QUA TALE, A HIV-SIDA

A juventude é o grupo mais vulnerável e exposto à SIDA na nossa região, por vicissitudes inerentes a essa faixa etária. Nessa região temos mais de 15% da população que vive com essa doença e dessa, 95% são jovens dos 30 anos para baixo. Ainda a estatística aponta que agora na nossa Região dos 12 anos para 17 anos de idade, o risco de contágio é maior, devido à característica impulsiva da adolescência e juventude.

Ora, a Sida é a doença que inexplicavelmente atravessa todas as faixas etárias, desafia o tempo e as classes sociais, porém, dizem os cientistas que ainda não tem cura. Apesar da medicina progredir mais de um século do seu mais admirável avanço, com tecnologia de transplante de órgãos, com a milagrosa manipulação genética, ficamos pasmos, estupefactos, boquiabertos e até cépticos, que em 45 anos da existência da SIDA ainda nos “vêm com historietas de que não existe cura para a SIDA…!”

Dos 100% das pessoas infetadas com SIDA, 80% está em Africa e desses, 70% está na nossa Região. Na sua distribuição etária, 90% atinge os jovens, o que representa uma séria ameaça ao nosso futuro e ao futuro da nossa Região.

Quem irá viver na nossa região, herdar nossos valores, nossas riquezas, nossa terra se a juventude morrer de SIDA?

Quem mais ganha com a proliferação da Sida em nossa região?

Quem mais se beneficia da falta de VACINA ou medicamento que cura a SIDA?

Finalmente como é que a juventude da Africa Austral deve driblar a SIDA para não a dizimar?

Admiramos como em tão curto espaço de tempo os cientistas conseguiram inventar a vacina da COVID-19, mas a malária secular ainda não tem vacina para sua erradicação, mas já da SIDA apenas conhecemos a parte de ser dramatizada para Africa Austral, porém, sua cura não se encontra na agenda das prioridades científicas… e, aí convidamos a juventude da nossa Região que arregace as mangas e questione a técnica avançada, questione a ética da sociedade internacional que se demite dia-após-dia de ser comunidade baseada em solidariedade ao invés do interesse…questione os adultos que estão no leme do Sistema-Mundo e desencadeie seus “porquês…”. Enderece suas e nossas preocupações à ONUSIDA: Senhoras e senhores da ONUSIDA quantas pessoas acham que devem mais morrer de SIDA na Africa Austral? Senhoras e senhores cientistas, quanto tempo e quanto dinheiro falta para se inventar a cura definitiva da SIDA? Senhoras e senhores governantes quantas alas vossos poderes faltam a abrir para que SIDA faça parte do passado? Passado este que deixou trauma em milhões de famílias quase indesejadas? Nós os jovens da Africa Austral não queremos mais viver com o drama diário da SIDA, que semeia desconfiança entre nós, minando a zona do prazer mais sagrado da vida que são as relações amorosas entre um homem e uma mulher para gerar semente do futuro, mas a SIDA semeia silenciosamente a morte ditando nossa extinção paulatina.

2-ABUSOS DE DROGAS E ALCOOLISMO

O álcool existe desde a era paleolítica. Dizem os estudiosos que na era neolítica já se fabricava a cerveja. Já o Homosapiens inventou as bebidas espirituosas. Portanto, o álcool para alegrar a alma, é tão antigo quanto a existência da própria humanidade. A Bíblia Sagrada nos apresenta versículos poéticos, históricos e memoriais inerentes ao valor dado ao vinho. Mas, a mesma Bíblia Sagrada alerta fortemente sobre os abusos de álcool que “sucumbe os sábios”.

O álcool começa a representar os perigos a partir do momento em que do seu uso abusivo resulta em perturbações mentais, perturbações das relações comunitárias e interpessoais, perturbação da gestão económica familiar e perturbação da profissão e relações sociais e finalmente acelerar as doenças como a cirrose hepática, doenças de índole psiquiátrica ou mesmo desencadeando suicídios. Dizem os relatos de toda a parte de que “ a juventude está a beber muito”. A nossa região não tem políticas públicas prudentes na produção ou importação de bebidas alcoólicas sobretudo a sua distribuição e consumo. Assim sendo, é frequente encontrar crianças de 13 aos 17 anos que já provou a bebida alcoólica e encontrar jovens dos  18 aos 35 anos de idade, alcoólicos patológicos que estão em tratamento para desintoxicação. Ou muitos deles morrendo… Mas não basta o álcool, tem a parte mais grave que é o abuso das drogas quer pesadas quer aquelas drogas caseiras mas que produzem os mesmos efeitos perniciosos no tecido e comportamento social sobretudo da nossa juventude. Por isso, existem mortes assustadores causadas pelo uso abusivo dessas duas substâncias que inicialmente fora pensadas para dar prazer e não morte. Insta-se as autoridades, as famílias, as igrejas e os grupos organizados que melhorem sua abordagem do álcool e droga que, definitivamente se procure diminuir a cultura de consumo exagerado, típico dos nossos dias, para escaparmos com vida diante dessa tentação generalizada. Porque também os alcoólicos e abusadores de drogas se expõem mais, à contaminação com doenças acima mencionadas e também propensos a incorrer em acidentes com veículos motorizados que é um dos pontos a seguir.

3-OPÇÕES POLÍTICO-IDELOGICAS E RELAÇÃO DE PODER

A doutrina social da igreja, incentiva o cristão a participar da vida política da sua comunidade. Não pode, o cristão, abster-se de seus direitos de cidadania comunitária e seus deveres igualmente inerentes à sua inserção na comunidade política. Na nossa região todos os cristãos têm sido convidados a votar em eleições e isto significa que são todos cidadãos dotados de direitos e deveres de cidadania. Por isso quando existe descontentamentos eles, os cidadãos, têm direito de expressar esse descontentamento por vários métodos legalmente disponíveis para participar na vida comunitária; dentre os quais as manifestações pacíficas. Mas temos notados que muitas dessas manifestações pacíficas são reprimidas com brutalidade por parte das forças de segurança. Os nossos países têm relatos lamentáveis: no mês de Janeiro de 2021, em Angola, na região diamantífera de Cafunfo, no Município do Cuango, na Província da Lunda-Norte, houve tentativa de uma manifestação pacífica convocada pela juventude descontente com as péssimas condições sociais em que se vive naquela circunscrição de Angola, rica em diamantes cuja contribuição tem colocado Angola no patamar dos maiores produtores mundiais de diamante, porém a zona onde se colhe tal diamante, o povo vive uma miséria inimaginável. É um paradoxo de abundância de recursos minerais numa região habitada pela população mais pobre do Planeta. Isto justifica o dito popular de que as riquezas de Angola representam a sua maldição! Naquele dia, em resposta das autoridades foi uma brutal repressão que culminou com a morte de centenas de manifestantes, todos jovens e a cadeia de sobreviventes promotores da dita manifestação. Os que morreram não tiveram até aqui um funeral condigno e as autoridades angolanas prometeram investigar e prestar contas à sociedade sobre o sucedido mas até ao fecho do quarto ano desde o sucedido ainda aguarda-se pelo esclarecimento que tarda em chegar ao mesmo tempo que a relação de Poder entre os habitantes daquela região e as autoridades angolanas continua deterioradas que este ano, 2024, aproximadamente 200 pessoas maioritariamente jovens foram conduzidos ao julgamento judicial incriminando-os como rebeldes por reivindicar seus direitos legalmente reconhecidos e garantidos porém não protegidos e satisfeitos. A juventude é a vítima principal dessa relação de Poder não compreendido nos marcos de responsabilidade social dos Estados. A este exemplo segue-se na Africa do Sul, no Zimbabwe, em Eswatini, em Moçambique etc são raros os casos em que de simples manifestação pacífica redunde em mortes de jovens pelas balas das autoridades que usam a força desproporcional e depois, como facto consumado, inventam argumentos escapatórios com pretextos do tipo: “o confronto foi para reprimir rebelião política”. Quantos jovens mais terão que morrer em conflitos armados como em Cabo Delgado em Moçambique, como em Goma na RDC, como em Cabinda em Angola, como nas manifestações pacíficas no Huambo ou Luanda ou Johannesburg, ou Harare ou Manzini/Mbambane ou ainda em Windhoek? Os nossos Governos precisam melhorar sua performance em abordar as reivindicações da juventude e oferecer mais espaços de diálogo no lugar da repressão mortal.

 

4-OPÇÕES RELIGIOSO-DOUTRINÁRIAS

A tolerância religiosa, a convivência ecuménica, o diálogo inter-religioso são sempre, definitivamente amorosos porque veiculam os valores de amor que nos vêm de Deus. Alias, as igrejas pelo menos as Monoteístas Abraâmicas, nos ensinam que “Deus, na sua infinita misericórdia, criou o homem à sua imagem e semelhança”. Esse primórdio fraternal entre todos os homens e mulheres cimentaria a irmandade em nome de Deus. Mas tem havido práticas religiosas distantes desse desejo unificador. Há seitas religiosas que sua forma de abordar a Palavra de Deus tem semeado conflito com as autoridades políticas resultando em mortes de religiosos, sobretudo jovens. O exemplo que nos chega da vizinha República do Quénia, em que o Pastor Izequiel Odero, da sua Igreja, Igreja Internacional da Boa-Nova, uma linha protestante, pregou jejum e a mensagem foi distorcida e resultou na morte de centenas de seus seguidores segundo as autoridades locais e o referido Pastor que deveria apascentar pacificamente suas ovelhas, atualmente está preso em cadeia do Quénia por sua pregação ser considerada culpada das mortes de seus seguidores maioritariamente jovens.

Esse episódio triste ocorreu fora da nossa Região Austral e apenas o citamos como a título exemplificativo. Porém, na nossa Região está se proliferando iniciativas religiosas cuja relação de Poder com as autoridades não tem sido nada pacífico, culminando na morte de muitos jovens. Angola nos brinda novamente com um exemplo lamentável: de 2015 até á data presente, existe conflitos entre as autoridades angolanas e a Seita Religiosa, Igreja Cristã do Sétimo Dia-Luz do Mundo cujo Pastor, José Kalupeteka, condenado e preso desde 2015 ainda seus seguidores não encontraram paz na sua relação com as autoridades. Em Abril de 2015, no Huambo houve confronto com as autoridades e houve mortes incalculáveis embora as autoridades tenham minimizado os números de vítimas para evitar embaraços nacionais e internacionais. A ONU tinha sugerido investigação independente que categoricamente o Governo angolano negou. Em 2016 novos confrontos com a mesma seita religiosa resultou em mortes sangrentas e em Maio de 2023 na localidade do Lunge, no município do Bailundo na província do Huambo mais um confronto com as autoridades que resultou em mais derramamento de sangue jovem. Até quando isto? É preciso mais diálogo pacífico, mas clareza na abordagem da religião na nossa Região e definir condutas pacíficas no lugar de confrontos.

5-ACIDENTES DE VIAÇÃO (VEICULOS MOTORIZADOS SOBRETUDO TERRESTRES)

Acidentes nas estradas estão matando muitos jovens. Os números que têm sido revelados sobretudo pelas autoridades policiais na nossa Região, as estradas se transformaram em verdadeiros cemitérios, tanto quanto a malária ou SIDA. Então, a condução se tornou tão perigosa, e a juventude tão vítima quanto a outros perigos atrás elencados. A falta de prudência, a condução sob efeito de álcool, os excessos de velocidade, a inexperiência de condução, as fracas sinalizações em algumas estradas, o mal estado de conservação de outras estradas tudo tem contribuído para aumentar os acidentes e com eles as mortes. A Africa do Sul, a Namíbia, o Zimbabwe, Eswatini, Botswana e Lesotho têm estradas de referência e exemplar, seus acidentes têm sido mais por condução imprudente, altas velocidades e condução sob efeito de álcool e já Moçambique e Angola, associam a estes factores, as suas limitadas estradas e em mal estado de conservação. Verifica-se igualmente esse défice no País vizinho como RDC que seus problemas afectam sobretudo Angola.

Finalmente mas importantíssimo:

6-LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA DO DIA-A-DIA

Existe uma tendência de empobrecimento da juventude. A riqueza está concentrada nos grupos mais adultos. Existe desemprego e emprego precário no seio da juventude. Mesmo nos casos de jovens bem formados encontram barreiras de empregabilidade. As dificuldades e desigual estrutura de poder económico tem engajado os jovens às lutas de sobrevivência que mais do que resolver problema, os têm colocado em risco. Desde as minas de ouro e diamante em Angola, minas de ferros e cobre na Africa do Sul passando por atividades precárias para ganhar a vida, em todos os países da nossa Região muitos jovens estão morrendo na tentativa de construir a base de sua subsistência. Urgente que os Estados da região devem encarar a luta da juventude na procura de estabilidade económica como uma responsabilidade social dos Governos pois que são eles que reconhecem, garantem, protegem e deveriam satisfazer os direitos económicos da juventude por meio de formar a juventude e providenciar emprego e se fosse emprego de qualidade seria melhor ainda.

Conclusão. Todas as causas das mortes na juventude podem ser erradicadas. As vidas da juventude podem ser salvaguardadas. E a segurança humana pode ser garantida basta para isto que haja cooperação, diálogo, boa vontade, irmandade, solidariedade inter-geracional. Para isto, começa-se por debelar as práticas nocivas nos estados e governos como o egoísmo, a ganância, o favoritismo e clientelismo, a corrupção e fomentar na nossa Região o espírito de servir ao invés de servir-se, sobretudo no sector político cuja afetação imperativa de seus valores atingem nosso destino comum.

Recomendação: a juventude deve exigir mais, reivindicar mais, cobiçar seu espaço usurpado pelos adultos e tê-lo de volta; aperfeiçoar métodos cooperativos, construir sinergia e levar a vida com maior seriedade e evitar definitivamente o abuso de álcool e drogas, combater a luxúria e consumismo exacerbado; entender sua sexualidade como continuidade da vida e não fonte de risco de existência e que jovens escrevam para as autoridades nacionais e internacionais manifestando e revelando vossos mais ardentes desejos que vos garante prosperidade e segurança no futuro. E finalmente, os jovens católicos devem influenciar outros jovens doutras comunidades quer laicas quer religiosas para compartilhar valores e princípios que gerem sustentabilidade vital num futuro brilhante que é sonho de todo um jovem consciente. E bem-haja a IMBISA por essas nobres iniciativas que devem positivamente contaminar outras instituições sobretudo políticas para construirmos firmemente nossa casa comum: Africa Austral de todos, para todos e com todos.

Igreja CatolicaIMBISAjustiça e pazpastoral juvenil
comentários (0)
Add Comment