Polícia dispersa manifestação de apoio a Mondlane e faz pelo menos três mortos
O Povo heroico e destemido recebeu eufórico o Líder a quem votou massivamente nas eleições de 09 de Outubro de 2024, mas a Polícia do Regime Repressivo de Moçambique tentou esmagar sem sucesso a festa dos Moçambicanos
O líder da oposição moçambicana Venâncio Mondlane, que venceu as eleições passadas, reuniu as provas recorreu ao Tribunal Constitucional e a CNE, porém reivindica sua vitória que o Judicial usurpou e ofereceu ao seu Partido que há 50 anos sustenta o Estado e o Governo. Mas o corajoso povo, aceitou o Convite do Venâncio Mondlane e foi recebido esta quinta-feira (09 de Janeiro) por uma multidão, jamais vista, no regresso ao país. A polícia estragou a festa dos Moçambicanos e reprimiu violentamente as manifestações de apoio e há mortos a lamentar.
A repressão das manifestações de apoio ao líder da oposição de Moçambique, Venâncio Mondlane, fez pelo menos três mortos esta manhã na capital Maputo.
Mondlane, que se assume como vencedor das eleições presidenciais de 9 de outubro, regressou esta quinta-feira ao país, num ambiente de triunfo, após dois meses de exílio auto-imposto. Mondlane fugiu do país devido aos tumultos que se desencadearam após as eleições e se intensificaram com a certificação dos resultados, no mês passado, que deram a vitória ao candidato da FRELIMO, Daniel Chapo.
A violência das últimas semanas fez já mais de cem mortos no país. Alguns grupos da oposição dizem mesmo que os tumultos mataram mais de 400 pessoas e há quem fale em mais de 500 mortos.
Esta quinta-feira, Mondlane foi recebido por milhares de pessoas na capital moçambicana e fez uma tomada de posse simbólica. Depois de uma receção efusiva junto ao aeroporto, Mondlane esteve no centro de Maputo, na zona do Mercado Estrela, onde discursou perante a multidão e onde a polícia acabou por abrir fogo e lançar gás lacrimogéneo sobre a mole humana que celebrava o regresso do candidato. Após este episódio, desconhece-se o paradeiro de Mondlane.
O candidato apoiado pela plataforma PODEMOS tinha deixado Moçambique há dois meses, temendo pela própria vida, depois do assassínio de duas figuras ligadas ao movimento.
Embora mantenha que é o vencedor das eleições de 9 de outubro e que o resultado eleitoral que deu a vitória ao candidato do poder foi forjado, Mondlane mostrou-se pronto a entrar em negociações para pôr fim à violência que tem assolado o país.